domingo, 2 de fevereiro de 2014

Cardeal Newman, na Revista Terminal

Só de olhar o conteúdo da revista, já começo a temer não conseguir me manter à altura dela. Vida longa à Revista Terminal. Nesta edição, traduzo um "Fragmento sobre o ceticismo", do Cardeal John Henry Newman. Reproduzo abaixo um trecho e o link do pdf:


A tendência de uma era de pensamento, vista como divorciada da influência da religião, é cair num estado de ceticismo, assim como a tendência de uma era de ignorância [...] é cair na superstição. De fato, e mesmo do ponto de vista histórico, tanto a estagnação quanto a atividade do pensamento têm sido hostis à verdade divina; não decerto por algo que lhes é intrínseco – pois a religião realmente é favorecida pela livre investigação, embora possa prescindir dela –, mas porque há em operação princípios mais profundos e mais sutis de nossa natureza, os quais, no estado de guerra contra a religião que lhe é peculiar, fazem uso da livre investigação ou da obstinação irracional como seus instrumentos. Orgulho, sensualidade, egoísmo, mundanismo, desconfiança de Deus e semelhantes maus princípios são os verdadeiros inimigos da religião; e, como estes são o espírito dominante de todas as eras do mundo, a forma que sua hostilidade assume contra ela, numa era de ignorância, é a superstição; numa era de investigação, é o ceticismo.

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