
E o que é a velha mulher?, perguntariam os leitores que não tenho. Eu poderia simplesmente dizer que a “velha” mulher é justamente o contrário de Denise Abreu. Mas sejamos didáticos: a velha mulher é aquela que nos pede para abrir a tampa do vidro de palmito. E não é que elas sejam incapazes de realizar o ofício: pedem por pedir. Pedem nosso auxílio porque sabem que o ato é determinante para o “balance of power” das relações humanas. Vocês são capazes de imaginar Denise Abreu fazendo isso? “Benzinho, me ajuda com isso aqui?”. Simplesmente incompatível. Denise Abreu é o protótipo da mulher que a civilização ocidental está criando: dona de si, auto-suficiente, cheia de certezas e verbos no imperativo. Em suma: um homem.
Os senhores da ficção nos aterrorizavam com a idéia de um mundo dominado pelas máquinas; vislumbro, ao contrário, um mundo dominado pelas fêmeas. Não aquelas que reuniam em si todas as contradições — ah, tempos venturosos! — e dependiam do sexo oposto não apenas para a reprodução, mas, como disse Victor Hugo, aquelas que odeiam a serpente apenas por rivalidade de ofício. E o apocalipse virá, meus caros, no dia em que um roedor de tamanho médio estiver à solta e um salto alto lhe atravessar o crânio. Estaremos perdidos!
Um comentário:
Yep.
As mulheres dominarão o mundo!
E eu, como boa feminista que sou, apoio todo e qualquer tipo de ação em favor do domínio feminino!
Postar um comentário